Anatomia Humana II

Ossos do membro superior

Os membros superiores humanos possuem diversos ossos. Um exemplo é a clavícula que, unida à escápula (outro exemplo) mais posterior, conecta estes membros ao esqueleto. Tanto um quanto outro se dá aos pares, são móveis e fornecem fixação para os músculos.

A escápula se une ao úmero em uma cavidade denominada glenóide.

O úmero é o maior osso do membro superior. Possui cabeça lisa e esférica e seu comprimento (diáfise) é liso e fino. Em uma de suas extremidades, participa da articulação do cotovelo, se ligando, nesta região, à ulna.


      
clavícula, escápula e úmero


A ulna é o osso mais longo do antebraço. Este se articula, também, com o rádio. Ambos se ligam aos ossos do punho (ossos do carpo).

A mão de divide em carpo, metacarpo e falange. Os ossos do carpo são oito, e estão distribuídos em duas fileiras. Na fileira proximal, temos os ossos escafóide, semilunar, piramidal e pisiforme. Na distal, os ossos trapézio, trapezóide, capitato e hamato.

Em seguida aos ossos do carpo, seguem os metacarpos. Nestes, temos cinco ossos longos, numerados de I a V a partir do polegar: estes constituem os dedos da mão. A cabeça destes ossos, extremidade distal, se articula com suas respectivas falanges.


Cada mão apresenta 14 falanges, sendo que no polegar estas são duas: proximal (primeira falange) e distal (segunda falange). Do segundo ao quarto dedo há três falanges em cada: proximal, média (segunda falange) e distal.

As falanges proximais são mais longas que as distais, sendo que as do polegar são mais curtas e largas que as dos outros dedos.

Pâncreas

O pâncreas é um órgão com aproximadamente 15 cm de comprimento, 04 de altura e 02 de espessura (formato alongado), dividido em cabeça, corpo e cauda, localizado na cavidade abdominal abaixo do estômago, interligado por um canal (ducto de Wirsung) à primeira porção do intestino delgado, ou seja, o duodeno.

Trata-se de uma glândula anfícrina (mista), associada ao sistema digestório humano, com uma porção endócrina produzindo hormônio, e outra porção com função exócrina responsável pela síntese do suco pancreático, contendo enzimas que atuam na digestão de carboidratos (amilase pancreática), lipídeos (lípase pancreática) e proteínas (proteases: tripsina, quimiotripsina e carboxipeptidase).

A parte endócrina é formada pelas ilhotas de Langerhans, formadas por dois tipos de células: as betas, produzindo a insulina, e as células alfa, produzindo glucagon. Ambos com efeitos antagônicos (contrário) no controle de glicose no sangue, respectivamente diminuindo e aumentando o nível desse monossacarídeo na corrente sangüínea.

Essa ação combinada mantém a normalidade da taxa de glicemia, proporcionando um adequado funcionamento do organismo.

CONTROLE GLICÊMICO

Após as refeições o nível de glicose no sangue aumenta e o pâncreas então secreta insulina que irá deslocar a glicose do sangue em direção às células que compõem os tecidos do corpo humano, ou armazenam a glicose nas células-alvo do fígado, na forma de glicogênio (reserva energética animal), abaixando a glicemia.

Quando ficamos muito tempo sem comer, o nível de glicose no sangue cai e o pâncreas passa a produzir e secretar glucacon estimulando a glicogenólise (quebra do glicogênio aumentando a taxa glicêmica), disponibilizando glicose no sangue, transportado para as demais células.

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Pulmão

O pulmão é um órgão esponjoso do corpo humano, com ampla superfície de contato com o ar atmosférico e grande irrigação sanguínea, cuja função é realizar as trocas gasosas (hematose).

Localizado no interior da região torácica, acima do diafragma e revestido por uma membrana dupla (a pleura), esse órgão se subdivide em duas porções: a da direita, composta por três lóbulos; e a da esquerda, com dois lóbulos. Em média, cada pulmão de uma pessoa adulta possui cerca de 25 centímetros de altura e massa correspondente a 700 gramas.

Na face interna dos pulmões existe uma abertura pela qual passam os brônquios, as artérias e as veias pulmonares. Normalmente os pulmões alojam cerca de 600 milhões de alvéolos, formados por uma fina camada de células pavimentosas (achatadas), envolvida por uma rede capilar onde ocorrem as conversões de sangue venoso (rico em gás carbônico) por sangue arterial ( rico em oxigênio).

Desta forma, o sangue contendo células especiais anucleadas, denominadas eritrócitos (as hemácias), constituídas por um conjunto com quatro moléculas de hemoglobina (Hb), um pigmento respiratório de cor avermelhada de natureza protéica e associada a quatro íons ferro, proporciona um meio fluido com grande afinidade e transporte de gás oxigênio (O2).

Durante a hematose nos alvéolos pulmonares, grande parte do oxigênio combina-se às hemácias formando compostos instáveis (oxiemoglobina), que difundirão para os demais tecidos do corpo.

Em sentido oposto, dos tecidos para o pulmão, as hemácias transportam uma pequena fração de CO2, que também de forma instável se une à hemoglobina (carboemoglobina), retornando aos alvéolos liberando o dióxido de carbono, deixando a hemácia livre para um novo ciclo.

O2 + HbHgO2 (oxiemoglobina)

CO2 + HbHbCO2 (carboxiemoglobina)

Sistema cardiovascular

O sistema cardiovascular é formado por um conjunto de tecidos e órgãos responsáveis pela circulação do sangue e linfa pelo corpo dos animais vertebrados, transportando nutrientes absorvidos, excretas para eliminação e oxigênio para respiração celular, distribuídos pelo organismo ou direcionados a excreção.

Desta foram o sistema cardiovascular envolve tanto o sistema sangüíneo quanto o sistema linfático.

O sangüíneo apresenta três componentes principais: o sangue, o coração e os vasos sangüíneos.

Sangue – formado por uma fração líquida, o plasma, e diversos tipos de células, hemácias, glóbulos brancos e plaquetas. É chamado de arterial, após hematose nos alvéolos pulmonares (sangue rico em oxigênio), e venoso, quando transporta gás carbônico.

Coração – órgão oco muscular responsável pelo bombeamento do sangue. Pode ser formado por duas, três ou quatro cavidades (os átrios e os ventrículos).

Exemplos:

Peixes → um átrio e um ventrículo;
Anfíbios → dois átrios e um ventrículo;
Répteis → dois átrios e dois ventrículos incompletamente separados;
Aves e mamíferos → dois átrios e dois ventrículos completamente separados.

Vasos sangüíneos - órgãos tubulares que se ramificam pelo corpo. Em conseqüência das diferentes dimensões (calibre) são classificados em: Artérias, arteríola, vênulas, veias e capilares.

O linfático possui três funções: imunitária, na produção de células de defesa (linfócitos, monócitos e plasmócitos na síntese de anticorpos); drenagem dos fluidos em excesso nos intertícios dos tecidos corporais; e absorção dos ácidos graxos e transporte subseqüente da gordura para o sistema circulatório.

Sistema Digestório

Sistema Digestório é constituído pelo tubo digestivo e suas glândulas anexas, sua função é retirar os nutrientes indispensáveis dos alimentos ingeridos; para o desenvolvimento e manutenção do organismo. Apresenta as seguintes regiões: boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso e ânus.

 A boca é a abertura pela qual o alimento entra no tubo digestivo, onde o alimento é preparado para a digestão, por meio da mastigação proporcionada pelos dentes e a língua.

A faringe é o canal por onde passa o alimento que se dirige ao esôfago.

O esôfago situa-se entre os pulmões, atrás do coração, é o canal que une a faringe ao estômago, onde o bolo alimentar é empurrado até o estômago, através de contrações musculares.

O estômago é um órgão, em formato de bolsa e dividido em três partes: a cárdia, o corpo (fundo) e o antro. No estômago o alimento é misturado com o suco gástrico (solução rica em ácido clorídrico e enzimas (pepsina e renina).

 No intestino delgado a quebra das moléculas alimentares se torna completa, são absorvidas no sistema digestivo para o circulatório e enviadas às células.

As fezes são formadas no intestino grosso, sua mais importante função é reabsorver água, o que determina a consistência do bolo fecal. É dividido em quatro partes: ceco, cólon e o reto e mede cerca de 1,5 m de comprimento.

O ânus controla a saída das fezes.

 O pâncreas que faz parte das glândulas anexas, possui 15 cm de comprimento, fabrica enzimas digestivas e secreta os hormônios insulina e glucagon.

O fígado é também outra glândula anexa. Armazena glicogênio, ferro, cobre e vitaminas, produz carboidratos a partir de lipídeos ou proteínas e sintetiza o colesterol.

Sistema Endócrino

O sistema endócrino é constituído pelo conjunto de glândulas endócrinas, que são responsáveis pela produção de secreções denominadas hormônios.

O sistema endócrino forma mecanismos reguladores precisos, comunicando com o sistema nervoso, este por sua vez proporciona ao sistema endócrino informações a respeito do meio externo, ao passo que o sistema endócrino regula a resposta interna do organismo a esta informação. Sendo assim, o sistema endócrino e o sistema nervoso exercem ação na coordenação e regulação das funções corporais.

A hipófise, o hipotálamo, a tireóide, as supra-renais, o pâncreas e as gônadas (ovários e testículos) são os órgãos principais que formam o sistema endócrino.

A tireóide produz hormônios T3 (ou tri-iodotironina) e T 4 (ou tiroxina); é uma pequena glândula, situada na região anterior do pescoço, em frente a passagem do ar (traquéia) e abaixo do pomo-de-Adão. Esses hormônios são responsáveis pelo controle do metabolismo.

A função do pâncreas, glândula localizada atrás do estômago, é auxiliar na manutenção dos níveis normais de glicose no sangue através da insulina e do glucagon.

A hipófise possui uma função complexa e essencial para o bem-estar geral da pessoa. Divide-se em duas partes: a anterior (ou adeno hipófise) e a posterior (ou neuro-hipófise). A primeira é responsável pela produção dos hormônios prolactina, hormônio do crescimento, hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), hormônio estimulador da tireóide (TSH), hormônio luteinizante (LH), hormônio folículo estimulante (FSH). A hipófise posterior armazena e secreta os hormônios ocitocina e o hormônio Anti-Diurético.

As supra-renais localizam-se acima dos rins e produz os hormônios cortisol, Aldosterona, Andrógenos adrenais, adrenalina e noradrenalina.

O hipotálamo é localizado acima da hipófise e produz hormônios que atuam diretamente na mesma, para estimular ou inibir a liberação dos hormônios hipofisários.

Os ovários são responsáveis pela produção do estrógeno e a progesterona, os dois hormônios sexuais, femininos mais importantes.

Os testículos produzem o hormônio sexual masculino, testosterona.

Sistema Excretor

O sistema excretor é formado por um conjunto de órgãos que filtram o sangue, os órgãos que o compõe são: um par de rins, um par de ureteres, bexiga e uretra.

A função do sistema excretor é eliminar as substâncias que estão em excesso, a fim de manter o equilíbrio essencial para o bom funcionamento da célula com o meio.

Os rins filtram todas as substâncias da corrente sanguínea, a urina é formada destes resíduos. A urina é formada continuamente no rim e acumulada na bexiga

Os rins estão localizados na parte dorsal do abdome, abaixo do diafragma, constituído de tecido conjuntivo. No rim estão localizadas as unidades filtradoras, os néfrons.

O néfron, unidade funcional dos rins, é constituído de duas partes: o corpúsculo renal e o túbulo néfrico ou renal. Nele ocorrem a filtração, a reabsorção e a secreção.

Através da excreção são eliminadas substâncias tóxicas fabricadas pelo metabolismo celular. Além da urina, essas substâncias podem ser eliminadas também pela pele através do suor, e pelo sistema respiratório, quando é eliminado o gás carbônico. O suor tem a função de resfriar o corpo.

Os ureteres é o tubo que liga o bacinete de cada rim à bexiga urinária.

O compartimento onde é depositada a urina por algum tempo é a bexiga, uma vez que o sangue é filtrado a todo o momento. Sua capacidade é de 250 ml, e é constituída por músculos lisos.

Diurese é o processo de formação da urina.

A uretra é o canal por onde a urina é eliminada. Os músculos que pressionam o canal da uretra fechando-o ou abrindo-o, são os esfíncteres.

Sistema Genital Feminino

O sistema genital feminino é constituído internamente por dois ovários, duas tubas uterinas, ovidutos ou trompas de falópio e o útero. A vagina é um canal com abertura para o exterior do corpo, comunicante com a vulva ou pudendo.

Os pares de ovários, com morfologia arredondada e diâmetro médio de 4cm, responsáveis pela formação e maturação de gametas e produção de hormônios (estrógeno e progesterona), seguem disposição bilateral.

As tubas uterinas captam e transportam os óvulos (ovócitos primários) expelidos do ovário durante a ovulação. Nesse transporte, os óvulos são recepcionados inicialmente pelas fímbrias do oviduto (estrutura filamentosa), voltadas para a cavidade peritoneal. O conduto da tuba é um órgão oco e musculoso, que desemboca na cavidade do útero. Em sua parte terço lateral normalmente ocorre a fecundação.

Localizado entre a bexiga e o reto, posiciona-se o útero, também um órgão oco em forma de pêra, cuja função é receber o ovo ou zigoto, alojando o desenvolvimento do embrião.

A partir da base ou colo do útero, projeta-se a vaginal. Esse órgão, além de receber o pênis durante a relação sexual, também conduz a secreção menstrual e permite, com sua elasticidade, a dilatação que proporciona o nascimento do feto na ocasião do parto.

No limiar da vagina com a vulva, situa-se o hímen, uma extensão de tecido epitelial proveniente da vagina, formando uma membrana que depois de rompida com a primeira relação sexual, indica a situação deflorável do organismo feminino (aspecto, puramente social).

A vulva, órgão externo da genitália, é formada por pequenos e grandes lábios (dobras de tecido adiposo protegendo a abertura da vagina) e o clitóris, apêndice sensível, é formado pela junção dos pequenos lábios na porção superior da vulva.

No organismo feminino, diferente do masculino, o sistema genital não compartilha alguns órgãos com o sistema excretor, assim, na vulva também há um orifício para o sistema excretor (urinário), a abertura da uretra.

Sistema genital masculino

O sistema genital é um conjunto de órgãos responsáveis pela produção de gametas e hormônios sexuais secundários, tendo como finalidade a reprodução da espécie.

O sistema genital masculino compreende dois testículos, bolsa escrotal (ou escroto), dois epidídimos, dois ductos deferentes, dois ductos ejaculatórios, uretra, pênis e as glândulas anexas: uma próstata, duas glândulas vesiculosas e duas glândulas bulbo-uretrais.

O testículo é a gônada masculina. Ele se apresenta de forma oval, ligeiramente achatado. Produz esperma e secreta hormônios sexuais, graças aos túbulos seminíferos.

O escroto, ou bolsa testicular, está situado no períneo, atrás do pênis e é ele que aloja o testículo.

O epidídimo é uma na região posterior do testículo. É o local onde os espermatozóides estão armazenados e é nele que ocorre a maturação destes.

O ducto deferente permite com que os espermatozóides sejam direcionados do epidídimo à uretra.

O ducto ejaculatório é a união do ducto deferente com o ducto da glândula vesiculosa, que será explicada mais adiante.

A uretra se localiza no interior do pênis e é responsável pela eliminação de urina e pela condução do sêmen ao exterior.

Assim, quando o homem está excitado sexualmente, seu pênis fica ereto e rígido, permitindo sua entrada na vagina e, desta forma, o pênis é responsável pela condução do sêmen ao sistema genital feminino.

A ereção ocorre pela grande irrigação sanguínea que há nos tecidos cavernosos e esponjosos, resultado da estimulação sexual. Na ejaculação, os espermatozóides se conduzem até a extremidade peniana graças às contrações que o epidídimo, ductos e uretra executam.

Glândulas vesiculosas, glândula bulbo-uretral e próstata são as chamadas glândulas anexas. Elas produzem as secreções que, unidas aos espermatozóides, são denominadas esperma (ou sêmen), responsáveis pela nutrição e deslocamento dos espermatozóides. A próstata, ainda, secreta uma substância a fim de neutralizar a acidez da uretra e vagina.

Sistema Locomotor

O sistema locomotor é responsável pelas funções do movimento, locomoção e deslocamento dos seres vivos. O conjunto de ossos, músculos e elementos das articulações compreende a locomoção na espécie humana.

O sistema esquelético sustenta, protege os órgãos internos, armazena minerais e íons e produz células sanguíneas.

O crânio é a estrutura mais complexa do esqueleto, compreendendo o neurocrânio, que protege o encéfalo, e o esplancnocrânio, que forma a face.

A coluna vertebral sustenta o corpo, é constituída por 33 vértebras que se alternam com discos intervertebrais permitindo flexibilidade ao tronco.

Um osso pode ligar-se a outro osso ou a outros ossos através das articulações. Variam no tamanho e na forma: longos (com o comprimento maior que a largura e a espessura, como o úmero e o fêmur), planos ou chatos (finos e achatados, como grande parte dos ossos do crânio e as costelas), curtos (com as três dimensões aproximadamente iguais, como os do carpo e os do tarso), irregulares (como as vértebras).

Os músculos, tendões e ossos produzem diversos tipos de movimentos através do trabalho que realizam em conjunto nos pontos onde existem articulações.

Os músculos são constituídos pelas fibras musculares, células alongadas ricas em miofibrilas de proteínas, responsáveis pela contração muscular. Ao se contrair, o músculo ocasiona o movimento do corpo ou de órgãos internos. Os músculos apresentam-se em três tipos: estriado esquelético (ligado ao esqueleto e com contração voluntária), liso (encontrado na parede dos órgãos ocos, apresenta contração involuntária), estriado cardíaco (possui fibras de contração involuntária).

Sistema Respiratório

O conjunto de órgãos que se responsabiliza pela entrada, filtração, aquecimento, umidificação e saída do ar constitui o sistema respiratório.

Os órgãos que compõem o sistema respiratório são: pulmões, fossas nasais, boca, faringe, laringe, traquéia, brônquios, bronquíolos, diafragma, alvéolos pulmonares.

A respiração, função básica do sistema respiratório, garante as trocas gasosas com o meio. É um processo fisiológico que ocorre por meio da inspiração, onde a contração da musculatura do diafragma e dos músculos intercostais favorece a entrada de ar nos pulmões; e da expiração ocorrida pelo relaxamento da musculatura do diafragma e dos músculos intercostais, que proporciona a saída do ar.

Os pulmões localizam-se na cavidade torácica, são envolvidos por uma membrana denominada pleura, possuem 25 cm de comprimento. É o principal órgão do aparelho respiratório, responsável pelas trocas gasosas.

As fossas nasais são duas cavidades que iniciam nas narinas e terminam na faringe; suas funções são filtrar, umedecer e aquecer o ar.

O ar inspirado passa pela faringe antes de chegar à laringe, cavidade que corresponde à boca e as fossas nasais.

A laringe possui forma de tubo e é constituída de cartilagem e músculos, por onde o ar passa a caminho dos pulmões.

A traquéia se constitui por anéis de cartilagem, sua subdivisão dá origem aos dois brônquios que penetram no pulmão.

O diafragma é um órgão músculo-membranoso que divide o tórax do abdômen. Durante a respiração, faz um movimento para baixo, aumentado a área dos pulmões na inspiração.

Traqueia

A traqueia é um tubo vertical cilíndrico, de aproximadamente vinte centímetros de comprimento e um e meio de diâmetro. Localizada entre a laringe e os dois ramos brônquicos, exerce unicamente função respiratória, estando presente em animais vertebrados e alguns invertebrados, como anelídeos e artrópodes.

Na região superior do peito, ao nível do esterno, é onde a traqueia se divide. Neste ponto, apresenta uma saliência denominada carina, acentuando a separação entre os dois brônquios. Esses tubos curtos, reforçados por cartilagem, conduzem o ar aos pulmões.

Elástica, a traqueia é constituída de tecido muscular liso, reforçada com cerca de 15 peças cartilaginosas em forma de “c” em seu comprimento, estas unidas por tecido fibroso. Tais estruturas podem ser sentidas ao tocarmos o pescoço, com os dedos, na região logo abaixo do pomo-de-adão. Na sua região posterior, devido à ausência destes anéis, a traqueia se apresenta com grande capacidade móvel, necessária para acompanhar os movimentos do pulmão e permitir o peristaltismo esofágico.

Internamente, é revestida pela mucosa respiratória, formada por epitélio do tipo pseudoestratificado cilíndrico ciliado, com células produtoras de muco, denominadas células caliciformes. Cílios e muco umedecem e aquecem o ar que respiramos. Além disso, funcionam como uma barreira de proteção da traqueia e, consequentemente, do sistema respiratório; uma vez que, ao inspirarmos o ar, partículas estranhas e micro-organismos se “grudam” nesta substância viscosa e são “varridas” pelos cílios até a laringe. Estes podem, então, ser encaminhadas ao esôfago, onde serão engolidos; ou eliminados pelas vias respiratórias, pela tosse.

Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia