Verbo

O verbo  é a palavra que indica ação, movimento, estado ou fenômeno meteorológico.
Pode sofrer variações de acordo com suas flexões. O verbo possui as flexões de: modo (indicativo, subjuntivo e imperativo), tempo (presente, pretérito e futuro), número e pessoa (singular e plural) e voz (ativa, passiva e reflexiva).

Vejamos as flexões verbais separadamente:

Número e Pessoa

O verbo apresenta flexão de número quando indica o singular ou o plural em sua forma. Aparecem no singular quando se referem a uma única pessoa (eu corro/ ela corre) e no plural quando é mais de uma pessoa (nós corremos, eles correm).
Logo, os verbos se flexionam em número (singular ou plural) e pessoa (1ª, 2ª, 3ª).

Modo

O modo verbal indica a atitude do falante em relação à ação que anuncia. (Eu arrependo/ eu arrependi/ eu arrependerei).

Modo Indicativo: quando o faltante tem a certeza de sua atitude; o fato é ou será uma realidade.

Exemplos: Estudei muito para a prova.
Estudarei bastante para essa prova.

Modo Subjuntivo: quando o falante não tem certeza da atitude; o fato é duvidoso, incerto. Há uma possibilidade de que aconteça.

Exemplos: Pode ser que eu estude hoje.
Se eu fosse você, estudaria.

Modo Imperativo: quando o falante expressa uma ordem, um pedido ou um conselho.

Exemplos: Não sejas tão indisciplinado!
Sê tu uma benção!

Tempo

Os tempos verbais são três: presente, pretérito e futuro. Vejamos:

Presente: tem relação com um fato ou ação que ocorre no momento em que se fala.

Exemplo: A professora está muito bonita hoje.

Pretérito: tem relação com um fato ou ação que ocorreu anterior à fala.

Exemplo: A professora estava muito bonita ontem.

Futuro: tem relação com um fato ou ação que irá ocorrer posterior à fala:

Exemplo: A professora estará mais bonita amanhã, pois é nossa formatura.

Voz

A voz do verbo faz referência ao tipo de relação entre sujeito e verbo. Observe:

Voz ativa: acontece quando o sujeito pratica a ação; o sujeito é o agente da ação.

Exemplo: O aluno respondeu a pergunta da professora.

Voz passiva: acontece quando o sujeito sofre ação.

Exemplo: A pergunta da professora foi respondida pelo aluno.

• A voz passiva pode ser analítica, como no caso acima ou sintética, como no caso: Aluga-se apartamento.

Voz reflexiva: acontece quando o sujeito pratica e sofre a ação.

Exemplo: O aluno cortou-se com o estilete.

Analisando a concordância referente ao verbo “ser”

 

destaque, pois se trata da intrínseca relação estabelecida entre o verbo e seu respectivo sujeito.

Todavia, há que se mencionar que também, em se tratando de muitos aspectos, se tornou algo estigmatizado, em virtude de sua complexidade, e até mesmo da maneira pela qual o conteúdo é conduzido no ambiente escolar. Diante de tais pressupostos, ater-nos-emos de forma particular ao estudo da concordância a que se relaciona o verbo ser,  visto que, inegavelmente, precisamos estar atentos aos postulados gramaticais, levando-se em consideração seus relevantes aspectos, de modo a expressarmos nossos conhecimentos sempre que conveniente.

O verbo em questão, em determinadas circunstâncias, não integra as regras convencionais, visto que em algumas vezes, ao invés de concordar com o sujeito, passa a concordar com o predicativo, em outras, ora concorda com um, ora com outro. Em função disso, por ser considerado um verbo que merece uma atenção de modo particular, vejamos: 

-  No caso de expressar quantidade (peso, medida, preço, valor), o verbo ser permanece invariável.
Exemplos:

Dez quilos de arroz é pouco.
Cinquenta reais é muito caro, pois a qualidade é inferior. 

-  Expressando tempo, ele concorda com a expressão numérica mais próxima.
Exemplos:

Hoje são dezoito de dezembro.
Já é uma hora, e você nem ao menos deu notícia. 

-  Relacionando-se a um substantivo próprio e um comum – no caso de ser expresso entre um nome próprio e um comum, o verbo concorda com o nome próprio. Entre um pronome pessoal e um substantivo comum ou próprio, a concordância se dá com o pronome.
Exemplos:

Machado de Assis foi uma celebridade literária.
Muito prazer! Sou eu o professor de matemática. 

-  Referindo-se a um substantivo e um pronome – quando expresso entre um substantivo e um pronome que não seja pessoal, o verbo concorda com o substantivo.
Exemplos:

Tudo são manias conquistadas ao longo da convivência.
Aquilo são flores para a pessoa amada.

 

 

Os tempos do indicativo

Primeiramente, vamos lembrar o significado do que quer dizer “modo indicativo”: é quando o falante tem a certeza de sua atitude; o fato é ou será uma realidade. O modo indicativo tem divisões e subdivisões nos casos do pretérito e do futuro. Observe:

• Presente
• Pretérito: perfeito, imperfeito, mais-que-perfeito.
• Futuro: do presente, do pretérito.

Quando e como utilizar cada um dos tempos verbais do indicativo? Vejamos a seguir a maneira de usá-los, separadamente:

O modo indicativo presente assinala: 

• Um fato que ocorre no momento em que se fala: A campainha toca demais.
• Um fato passado, mas que reflete um presente histórico: Rachel de Queiroz falece aos 4 de novembro de 2003, aos 90 anos.
• Uma ação habitual: Ando dois quilômetros todos os dias.
• Uma verdade universal: A terra é redonda.
• Fatos futuros, porém não muito: Ligo para você, assim que chegar em casa.
• Com valor imperativo, uma ordem, pedido: Façam silêncio!

O modo indicativo pretérito assinala:

Pretérito perfeito:

• Um fato concluído: Comprei uma bicicleta.
• Uma ação que se prolonga até o momento presente (forma composta): Tenho trabalhado até tarde.

Pretérito imperfeito:

• Um fato contínuo, habitual, permanente: Ela comprava além do necessário.
• Um fato passado que tem imprecisão quanto ao tempo: Era uma vez uma menina que morava no alto da colina.
• Uma ação que acontece em relação a um fato passado: Eu dormia quando você entrou pela porta e me acordou.

Pretérito mais-que-perfeito:

• Uma ação passada ocorrida anterior a outra também no passado: Ele já realizara (tinha realizado) a prova quando você chegou para buscá-lo.
• Um desejo: Quem me dera poder voar!

O modo indicativo futuro assinala:

Futuro do presente:

• Um fato futuro que poderá ocorrer posterior ao momento da fala: Amanhã, visitarei minha avó.
• Dúvida a respeito de um fato presente: Ele terá uma surpresa boa esta manhã? Sim.

Futuro do pretérito:

• Um fato futuro em relação a uma ação passada: Eu poderia emprestar dinheiro se não tivesse gastado.
• Uma ação futura, porém duvidosa: Seria realmente necessário ter guerras?
• Fato presente: Daria para você fechar a porta porque estou tentando dormir!

Os tempos do subjuntivo

O modo subjuntivo é utilizado para indicar um fato incerto, exprime condição, incerteza e dúvida.

Uma característica particular desse modo verbal é sua dependência em relação a outro verbo. Logo, é muito comum ver o modo subjuntivo em orações subordinadas.

O modo subjuntivo tem divisões e subdivisão no caso do pretérito. Observe:

• Presente
• Pretérito: perfeito, imperfeito, mais-que-perfeito.
Futuro

Quando e como utilizar cada um dos tempos verbais do subjuntivo? Veja a seguir a maneira de usá-los e tire suas dúvidas.

O modo subjuntivo presente assinala:

• Uma ação duvidosa, incerta, que poderá ser realizada ou não: Quem sabe ela venha na reunião?
• Um desejo, uma vontade: Então, que você seja  muito feliz no seu novo colégio.

O modo subjuntivo pretérito assinala:

Pretérito perfeito: Só ocorre na forma composta.

• Uma ação passada em relação à outra também no passado: Espero que você tenha encontrado felicidade em seu novo colégio.
• Uma ação que poderia ter acontecido no passado: Acredito que ela tenha observado a planta da nova casa.

Pretérito imperfeito:

• Um fato que exprime condição e está associado com o futuro do pretérito do indicativo: Se você tivesse dinheiro, compraria uma loja.

Pretérito mais-que-perfeito: Só ocorre na forma composta.

• Uma ação passada ocorrida em relação à outra também no passado: Se você estivesse de casaco, poderíamos ter ficado até mais tarde.
• Uma ação que poderia ter ocorrido: Se ele não fosse tão severo, gostaríamos de ter feito uma festa surpresa.

O modo subjuntivo futuro assinala:

• Uma ação possível ou uma condição: Se você estiver disponível, faremos a reunião amanhã.
• Um fato no futuro em relação a outro fato no futuro (na forma composta): Quando você tiver terminado sua redação, avise a professora.

Ratificar ou Retificar?

Quando se trata da escrita, quase sempre nos sentimos envolvidos por algumas dúvidas no que se refere à maneira correta de utilizar certas palavras, inclusive os verbos. Mas de acordo com a prática, aliada ao hábito da leitura, vamos nos aperfeiçoando cada vez mais.

Uma ótima sugestão é termos o dicionário como nosso aliado, pois recorremos ao mesmo sempre que surgem os questionamentos.
Certos vocábulos são muito semelhantes quanto ao som, mas se diferem quanto ao significado. É o caso de seção/cessão; emergir/imergir; descriminar/discriminar; caçar/cassar e tantos outros.

Por isso, vamos conhecer a maneira correta de empregar os verbos ratificar e retificar, para não termos mais dúvidas!

Usamos o verbo retificar no sentido de “voltar atrás”, de corrigir algo que foi mencionado ou feito. Vejamos os exemplos:

A diretora retificou o comentário feito sobre a indisciplina na sala de aula.
Você retificou o seu erro, razão pela qual não foi demitido da empresa.

Já o verbo ratificar tem o sentido de ter certeza,confirmar algo. Observe:

O réu ratificou seus argumentos.
Precisamos ratificar se todos os document
os se encontram anexos ao arquivo.

Agora, que tal treinarmos um pouco mais respondendo algumas questões sobre o assunto? Gostou da ideia? Não se esqueça de ajustar o verbo ao sujeito. Então vamos lá!!!!!

 Ou você _______________ o que disse, ou não serás mais meu amigo.
 Preciso __________________ o convite feito a ela, pois não poderei ir no dia combinado.
 Levei meu carro para ________________ os danos causados pela viagem.
 Quando preciso _____________________minha motocicleta, sempre procuro os melhores profissionais da cidade.

Gabarito: retifica; ratificar; retificar; retificar

Um estudo acerca dos verbos “ver” e “vir”

Por vezes distraído, você, em uma determinada circunstância cotidiana, já se pegou dizendo algo relacionado a “se ela me ver por aqui...”? Se sim, não se preocupe, pois expressões como esta corriqueiramente se manifestam em meio à trajetória de muitos interlocutores, tornando por vezes até cristalizadas no tempo.

A verdade é que a classe gramatical ora representada pelos verbos, dada a sua complexidade, se torna objeto de inúmeros questionamentos por uma grande parte dos usuários da língua, e não obstante, o caso relacionado ao emprego dos verbos ver e vir.  A dúvida reside no fato de que, quando empregados no futuro do subjuntivo, um assume a forma do outro.
E tenha certeza, a problemática não para por aí, pois o mesmo ocorre com alguns de seus derivados, como é o caso dos verbos antever, entrever, prever, rever, advir, convir, intervir, provir e sobrevir.

De modo a sanarmos as possíveis dúvidas no que tange ao assunto em questão, analisemos a maneira pela qual se conjuga os referidos verbos. Eis, pois:

Futuro do Subjuntivo


Portanto, há que se constatar que a colocação antes mencionada carece de uma reformulação, evidenciando-se da seguinte forma:

Se ela me vir por aqui, certamente terminaremos o namoro.

Semelhantemente a esta ocorrência, nos atemos ao caso expresso por:

Se os governantes interviessem, não haveria tamanha precariedade.

Diferentemente ocorre com o verbo prover, que não segue o mesmo padrão do verbo ver, sendo assim representado:

Futuro do Subjuntivo

Verbos defectivos

Verbos defectivos são aqueles que possuem conjugação incompleta, ou seja, não se conjugam em todos os modos, tempos e pessoas. Podem ser conjugados apenas nas formas arrizotônicas, ou melhor, nas formas cuja vogal tônica permanece fora do radical.

Os motivos pelos quais esse fato ocorre são variados: alguns verbos se fossem conjugados iriam se confundir com outros, como é o caso de “falar” e “falir”, os quais na 1ª pessoa do indicativo ficariam do mesmo modo “falo”. Assim, somente o verbo “falar” tem conjugação na primeira pessoa do singular do presente do indicativo.

Além do problema de equívoco que os verbos defectivos poderiam causar, como exposto anteriormente, há ainda outras causas: algumas formas são repudiadas por questão de provocarem sons desagradáveis, ou por não serem usuais, ou por desenvolverem conotações pejorativas.

São exemplos de alguns verbos defectivos: adequar, falir, doer, reaver, abolir, banir, brandir, carpir, colorir, delir, explodir, ruir, exaurir, demolir, puir, delinqüir, fulgir (resplandecer), feder, aturdir, bramir, esculpir, extorquir, retorquir, soer (costumar: ter costume de), etc.

Estes verbos, em sua maioria, são conjugados apenas na primeira e segunda pessoa do plural do modo indicativo, na segunda pessoa do plural do modo imperativo e não possuem flexões no presente do subjuntivo.

Porém, a fixação dos modos de se conjugar os verbos depende muito dos falantes e, portanto, pode ser alterada, conforme os usuários da língua comecem a utilizar determinada forma. Este fato está ocorrendo com o verbo “adequar”, flexões como “adéquo”, “adeqúa” vem sendo empregadas pelos falantes. Quem sabe em breve todas as flexões deste verbo serão “corretas” para os gramáticos? Pois isso já aconteceu antes com os verbos polir, emergir, agir.

Observamos que o fato de um verbo ser caracterizado como defectivo, não quer dizer que será assim o tempo todo. A língua é viva e nós, como falantes nativos, podemos adequar a escrita à fala, de acordo com a necessidade da época em que estamos.

Verbos Impessoais

Você sabe o que são verbos impessoais? Os verbos impessoais são aqueles que não possuem sujeito. Ou seja, eles surgem em orações sem sujeito.

Há alguns muito usados, como o verbo “haver” no sentido de “existir”, como o próprio “há” no início dessa oração.

Podemos citar ainda: os que exprimem os fenômenos da natureza: chover, relampejar, ventar, nevar, gear, amanhecer, escurecer, esquentar, estar e fazer (meteorologia).

E os que indicam tempo: ser (indicando data, hora, distância) e fazer (tempo).

Os verbos impessoais ficam sempre na 3ª pessoa do SINGULAR.

Veja alguns exemplos:

a) Havia fatos que precisavam ser resolvidos.
b) Há motivos para que eu vá.
c) Faz muito tempo que não a vejo.
d) Amanheceu muito frio hoje.

Nas locuções verbais, o verbo auxiliar acompanha o principal: Deve haver um caixa eletrônico por aqui. Vai fazer dois anos que estou aqui.

Lembre-se que o verbo “existir” não é impessoal e, portanto, é conjugado normalmente em concordância com o sujeito: Existem muitas cadeiras aqui. Existe um motivo para eu estar feliz.