A Proclamação da República no Brasil

De 1840 a 1889 o governo do Brasil foi comandado por D. Pedro II. Era muito admirado pelo povo brasileiro, mas passou a sofrer duras críticas dos padres, militares e fazendeiros.

Com a abolição da escravidão, os fazendeiros das lavouras de cana de açúcar e café perderam a mão de obra dos negros que trabalhavam na plantação e colheita. Isso fez com que D Pedro II fosse duramente criticado pelos donos das terras, pois haviam perdido o dinheiro investido nos escravos e exigiam que o governo pagasse uma indenização pelos prejuízos sofridos.

Nessa época havia muitos imigrantes de outros países chegando ao Brasil, em busca de melhores condições de vida e trabalho. Os mesmos foram aproveitados para substituírem os trabalhos dos negros nas lavouras.

A Constituição de 1824 deu o direito de o imperador nomear bispos da igreja católica, que se tornaram subordinados ao imperador. Dois bispos não aceitaram algumas imposições de D. Pedro II e foram punidos com pena de prisão, o que fez a igreja se voltar contra o governante.

Outro problema da época foi em razão da guerra do Paraguai, acontecida entre 1864 e 1870, muitos militares do Brasil foram influenciados pelos exércitos aliados da Argentina e do Uruguai a não aceitarem um governo monárquico, mas que lutassem pela implantação da república no país, pois o Brasil já era um país independente e não precisava desse tipo de governo.


Marechal Deodoro da Fonseca e o momento da Proclamação da República no Brasil

Com tantos problemas e com o partido republicano já instaurado no país, o Marechal Deodoro da Fonseca chefiou uma conspiração para derrubar o governo de D. Pedro II, apoiado por Benjamin Constant, além de boa parte da população civil e pelos principais jornais que lutavam pela república.

O imperador encontrava-se em Petrópolis, cidade vizinha ao Rio de Janeiro, com sua família e não havia tomado conhecimento da conspiração.

Porém, correu um boato de que os chefes da conspiração seriam presos na capital do país, Rio de Janeiro, segundo ordens do imperador. Mas o boato só fortaleceu as tropas do marechal Deodoro da Fonseca, que se dirigiu à Praça da Aclamação, tornando o governo republicano no dia 15 de novembro de 1889.

Os responsáveis pelo movimento organizaram um governo provisório, tendo o marechal Deodoro da Fonseca como o primeiro presidente do país. Para ministros do governo, foram escolhidos Benjamin Constant, Rui Barbosa, Campos Sales, Quintino Bocaiúva e outros.

D. Pedro II recebeu a notícia de que seu governo havia sido derrubado e que por forças de um decreto do novo governo deveria deixar o país. Dois dias após, viajou com sua família de volta para a Europa.