Conhecendo o Corpo Humano

 

"Tum, tum, tum, bate coração..." O coração bate mais forte quando a gente pula corda, joga futebol, brinca de pega-pega ou corre por aí. Por quê? Quando nos movimentamos rapidamente, gastamos mais energia. Então o sangue tem que circular depressinha, porque tem muita coisa para fazer:

- alimentar cada célula
- levar embora o "cocô" da célula (aquilo que ela não aproveita do alimento)
- trazer ar novo para os pulmões
- expulsar o ar usado.

Ufa! O coração bate mais rápido, porque ele é que faz o sangue circular. Assim como os carros circulam pelas ruas, o sangue circula pelo nosso corpo. As avenidas percorridas pelo sangue se chamam veias e artérias. Pelas veias, o sangue chega ao coração. As artérias levam-no embora.

O sangue é constituído por glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas. Você sabe para que eles servem? Venha dar uma voltinha pelos mistérios do sangue...

Os glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas são como as peças de um carro. Cada um tem uma função definida. Os glóbulos vermelhos levam oxigênio. Os brancos combatem infecções, ou seja, vírus e bactérias que atacam o corpo e nos deixam doentes. E as plaquetas ficam responsáveis por parar os sangramentos, como quando alguém faz um corte na mão _ ou seja, a plaqueta ajuda na coagulação do sangue. Os três estão misturados numa substância líquida chamada plasma.

Um homem tem em média 5 milhões de glóbulos vermelhos por milímetro cúbico de sangue. Em outras palavras: o glóbulo é um negócio muito, muito pequeno.

O sangue não anda só por avenidas. Existem também as ruas, que são as vênulas e as arteríolas _ veias e artérias menores. E ainda há ruazinhas chamadas de vasos capilares. Tudo isso porque o sangue tem que chegar em cada pequeno quarteirão do nosso corpo, na mais remota periferia.

Olhe para sua mão: tem um monte de veias e artérias debaixo da pele. É assim no seu corpo inteiro. Por isso, quando você leva um corte _ não importa onde seja _ sempre sai sangue.

Tudo bem, o sangue está por todo o corpo. Mas quanto sangue, exatamente? Depende do tamanho da pessoa. Um adulto tem cinco litros, em média.

Para o sangue circular, levando os glóbulos vermelhos (com oxigênio), glóbulos brancos (que combatem infecções) e as plaquetas (que ajudam a coagulação), alguém tem que empurrar e puxar. É o coração que faz esse trabalho. A prova de que ele é importante? Basta dizer que quando o coração pára, a vida acaba.

E é danado de rápido esse coração: mais rápido que o segundo. A cada minuto, ele bate 80 vezes, em média. Ou seja, mais de uma vez por segundo. E passa de 100 por minuto quando a gente pula corda!

Os lugares mais fáceis de sentir a nossa pulsação:

- no pulso, onde passa a artéria radial
- no pescoço, onde passa a veia jugular

Tum, tum, bate coração: já reparou que o coração tem duas batidas? Uma mais forte, outra mais fraca. Uma puxa o sangue, a outra empurra. Sístole (contração), diástole (dilatação), sístole, diástole, sístole, diástole. O tempo todo, desde a hora em que a vida começa até quando ela acaba.

O coração é um músculo em constante atividade. Dentro dele é a maior movimentação. É um entra-e-sai que não tem fim. Nessa verdadeira casa da mãe Joana, existem várias salas:

- aurícula direita: recepciona o sangue que vem das veias;
-
aurícula esquerda: por aqui entra o sangue que vem dos pulmões, também por veias; daqui ele passa para os dois ventrículos;
- ventrículo direito: manda o sangue para os pulmões, por artérias;
-
ventrículo esquerdo: empurra o sangue para o corpo, pela artéria aorta (uma das principais vias de circulação do sangue).

O serviço de lavanderia é impecável: o sangue vai pelas artérias, limpinho, para todo o corpo; e o sangue volta pelas veias, sujão, para o coração mandá-lo para o pulmão, que vai limpar a sujeira.

 

 

Inspira, expira. Inspira, expira. Entra o ar, sai o ar. É assim o tempo todo! Você pode estar na escola, correndo, comendo, vendo tevê, dormindo _ não importa.

Lá está você: inspirando, expirando, puxando ar, mandando ar embora.

Mas por quê a gente respira? Porque somos formados por células, milhões de células, e cada uma precisa de um pouco de ar. Tem que ter ar para todas! E quando a gente faz um exercício físico, como dançar ou jogar futebol, as células precisam de mais ar. Por isso a gente respira mais depressa e o nosso coração bate mais forte. Mais ar! Mais ar!

Vamos conhecer o caminho do ar até as células?

Começando pelo nariz, que é onde a gente pega o ar. Dentro do nariz, há um monte de pêlos. Eles servem como um filtro, já que o ar pode estar sujo.

E, contra a sujeira, espirro nela! Sim, é um dos motivos por que a gente espirra. Para expulsar impurezas que vêm junto com o ar inspirado. Imagine _ argh _ que um mosquito entra no seu nariz. Ele vai ficar preso nos pêlos, aí seu corpo vai expulsar um monte de ar, fazendo uma ventania. É o espirro! O mosquito vai sair a mais de 160 quilômetros por hora! E já vai tarde.

O ar pode entrar pela boca também, mas nesse caso não é filtrado. É por isso que dizem: em boca fechada não entra mosca. Para o ar, a boca deve ser como uma rua de mão única: só saída.

Do nariz ou da boca, o ar passa por um grande túnel, cheio de estações, como a linha do metrô. No começo do túnel há um portão, a glote. Ela só deixa entrar o ar, impedindo que alimentos passem.

 

A primeira estação é a laringe, muito importante para a voz. Por isso que a gente fica rouco quando tem laringite: é quando a laringe está doente.

Em seguida, vêm as cordas vocais. São elas que regulam o ar, quando a gente fala grosso ou fino.

Logo embaixo vem a traquéia. É a última estação antes de chegar aos pulmões _ ou a primeira quando o ar está saindo. Como o nariz, a traquéia tem um filtro de pêlos, que não deixa que nenhuma partícula passe para os pulmões: próxima parada...

No começo dos pulmões estão os brônquios. A gente só lembra deles se tem bronquite, mas são muito importantes. Os brônquios formam uma rede através do pulmão, levando o ar por caminhos cada vez mais estreitos até os alvéolos. A bronquite faz esses caminhos ficarem muito mais estreitos, causando falta de ar.

Alvéolos pulmonares, a estação terminal do sistema respiratório. Aqui o ar é passado ao sangue e começa outra viagem. Para a gente, o principal componente do ar é o oxigênio. Então o sangue vai pegar o oxigênio com seus glóbulos vermelhos e levá-lo até as mais remotas células. Pensa que demora? Que nada, isso acontece muitas vezes por minuto.

É nos alvéolos também que chega o sangue sujo, com o ar usado. Lembra que o coração manda o sangue sujão para o pulmão? Quando você respira, as células transformam o oxigênio em gás carbônico. Os alvéolos pegam esse ar usado e mandam embora, pelo mesmo caminho por onde entrou: brônquios, traquéia, cordas vocais, laringe, nariz ou boca.

Então quer dizer que, quando a gente fala, nossas palavras estão cheias de significado e... gás carbônico!? Pois é.

 

A peça central do movimento da respiração é o diafragma. Ele fica logo abaixo da caixa torácica. Para o ar entrar, ele abaixa e empurra o estômago. Para expulsar o ar, ele dá um empurrão para cima. Portanto, quando você fala, é o diafragma que está mandando o ar para cima.

Hic! E o que é o soluço? Às vezes a gente está comendo e engole ar junto. Então a glote fica confusa, não sabe se abre, se fecha... E o diafragma entra em ação, empurrando ar para cima para expulsar algum alimento que possa ter entrado.

Aí, para o soluço ir embora, cada um tem uma receita: beber água pulando num pé só, prender a respiração e contar até 83, pular corda enquanto assovia o hino nacional e outras loucuras.

 

 


Como será que se faz embaixadas?" _ era o que a garota pensava, quando via os meninos fazendo a bola quicar nos pés, sem deixá-la cair no chão. Não sossegou até aprender a fazer também. Ela tentou, treinou, tomou olé da bola, ficou brava, acalmou, e finalmente pegou o jeito.

Mas o que o corpo precisa ter para que alguém possa fazer embaixadas?

Primeiro, para ficar de pé, é preciso ter ossos. A não ser que você seja um boneco inflável. E por falar em ossos... é preciso um batalhão deles para compor um ser humano. O esqueleto é formado por 200 ossos! Ele é a estrutura do corpo, quem dá força ao organismo e protege os órgãos internos. Com um grande espírito de equipe, os ossos trabalham todo o tempo em conjunto, e têm uma boa ajuda das cartilagens.

E o que seriam as cartilagens? Vamos voltar um pouco no tempo: quando você era um bebê, não havia ossos no seu corpo, apenas cartilagens, que é um tecido mais maleável que o tecido ósseo. E conforme você foi crescendo, ela foi se transformando em osso. Mas uma parte dela sobrou, para ajudar na ligação entre os ossos.

Vamos então fazer uma pequena viagem pelos ossos do nosso corpo....


Você já viu uma caveira? Reparou que no lugar do nariz ela tem um buraco? É que a caveira é só osso _ e boa parte do nariz é uma cartilagem...

Crânio: é o conjunto de ossos que envolvem e protegem seu miolo mole. O traumatismo craniano ocorre quando uma pancada muito forte quebra alguma parte dessa proteção. Há duas aberturas para encaixar os olhos chamadas órbitas; e também aberturas para os ouvidos e o buraco do nariz.

Blá blá blá. Ao crânio está encaixada a mandíbula, que se mexe quando sua caveira mastiga, ri, fala. Credo!

A clavícula, osso fácil de quebrar, envolve o pescoço e os ombros.

As escápulas (antigamente chamadas de omoplatas) sustentam os ombros. Se fôssemos anjos, as asas cresceriam aí.

Os 12 pares de costelas são um grupo especial no batalhão dos ossos. Elas são os seguranças do coração e do pulmão. Para proteger esses órgãos, elas formam a caixa torácica, com a ajuda do esterno, o osso do peito. As costelas são elásticas e se movimentam quando enchemos o pulmão de ar. E estão ligadas à...

Coluna vertebral (espinha dorsal): também é flexível. Ainda bem _ se não fosse, como você amarraria o sapato? Como olharia para trás, quando seu melhor amigo está chamando você? A coluna é formada por uma porção de ossinhos chamados vértebras, empilhados um em cima do outro, com a ajuda de articulações e ligamentos. O nome do último ossinho da coluna vertebral é cóccix.

Outro conjunto de ossos forma a bacia, nossa "cadeira" natural. Fazem parte dela os ossos do quadril - protetores dos nossos rins, por exemplo.

 


Vamos agora dar um passeio pelos ossos dos braços e das pernas

Úmero é o osso da parte de cima do braço, do ombro ao cotovelo. A parte de baixo, do cotovelo até a mão, é formada por uma dupla inseparável: rádio e ulna. O rádio fica no mesmo lado que o polegar.

A ilusão da mão: embora a mão pareça ser formada por um osso redondo que se divide em cinco dedos, não é bem assim que acontece. Ela também está dividida em cinco ossos, os metacarpais, envolvidos por músculos e nervos, que dão essa impressão maciça para a mão. Os ossos dos dedos são a continuação dos metacarpais, e se chamam falanges.

O osso que sustenta as coxas é o mais comprido do corpo: chama-se fêmur.

Que bonito é... quem faz qualquer esporte sabe como é importante o joelho. No futebol, a embaixadinha só é possível por causa do joelho. Ele é uma zona de impacto _ ou seja, qualquer pulo sem jeito que você dê será absorvido pelo joelho. Por isso, ele tem um mecanismo formado pela patela, pelo menisco e pelos ligamentos. A patela atravessa o joelho. O menisco a protege. Os ligamentos têm a função de manter o conjunto unido.

Tem também os ossos da parte de baixo de cada perna, como nos braços, além da trinca de ossos que compõem o pé. Vamos conhecê-los?

Na parte de baixo de cada perna, outra dupla, como nos braços. Aqui eles se chamam tíbia (o da frente, mais grosso) & fíbula (o de trás, mais fino).

Tarso, metatarso e artelho trabalham juntos. Eles se acham muito importantes, só porque sem eles a gente não ficava de pé. Afinal, eles compõem o pé!

Os irmãos Tarso e Metatarso são muito unidos. Tarso é o osso do tornozelo e Metatarso é o da sola do pé. E o Artelho, um amigo deles que não desgruda, é o osso de cada dedo do pé. E dá-lhe garota! Para embaixadinhas, ela tem de contar com esse trio de ouro no seu time. Digo, no seu pé.

Então, não se esqueça: cada osso que você tem é um guerreiro. Todos juntos formam um batalhão, que protege seus órgãos e possibilitam seus movimentos... como fazer embaixadinhas!

E sabe da melhor? O osso é oco! Melhor mesmo, porque dentro dos ossos fica a medula óssea, que fabrica glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas para o sangue!

Bem, não faltam informações bem objetivas sobre o corpo. Isso não impede que ele sirva de inspiração também para um monte de expressões que não são lá muito realistas, mas que por incrível que pareça fazem o maior sentido.

Quando uma pessoa fala e fala sem parar, não dá outra. Alguém certamente vai comentar que ela "fala pelos cotovelos". Claro que não dá para levar ao pé da letra (ops, aí vem outra expressão engraçada: desde quando letra tem pé?). Não quer dizer que a pessoa tem boquinhas no meio dos braços.

Essa é uma expressão muito antiga, cujo significado é que alguém fala demais. Isso porque, muitas vezes, os faladores acompanham o blá blá blá com movimentos da mão e do braço. Segundo o escritor Deonísio da Silva, o primeiro a registrar essa expressão foi o também escritor Horácio (65-8 a.C.), do Império Romano, em uma comédia.

 


Um esqueleto não se move sozinho (a não ser em desenho animado). Para todos os nossos movimentos, precisamos dos músculos. Tem gente que acha que só tem músculos nos braços e fica levantando pesos na academia para parecer fortão. Mas não é bem assim: andar, comer, pegar uma caneta, escrever, correr, fazer embaixadas, chutar uma bola: tudo isso é um trabalho conjunto do esqueleto com os músculos. Ou melhor, do que é chamado de musculatura esquelética.

Por outro lado, a respiração, a batida do coração e a digestão também são comandadas por músculos.

Eles constituem a musculatura lisa, e são responsáveis pelos movimentos involuntários, ou seja, que independem da nossa vontade. Ou você manda seu coração bater ou o estômago trabalhar??

Vamos usar os músculos da mão para clicar no mouse e dar uma olhada na musculatura esquelética e na musculatura lisa.

 


Já pensou se um esqueleto aparecesse no seu quarto? O que você faria? Antes de gritar, arregalava o olho. Para erguer a sobrancelha e arregalar o olho, usamos o músculo frontal, que fica na testa.

Se você não acreditasse em esqueletos que saem andando sozinhos e desse de ombros, movendo-os para cima e para baixo, estaria usando o músculo chamado trapézio.

Uma terceira hipótese: você quer ser simpático com o esqueleto e levanta o polegar, perguntando:

- E aí, Esqueleto? Beleza?

Para erguer o polegar, usamos os músculos extensores. Cada dedo tem um músculo extensor, que possibilita seus movimentos.

Aliás, para falar nós usamos vários músculos, como o orbicular dos lábios e o músculo elevador do lábio superior e das narinas.

Já sei, você é corajoso e quer mostrar para o Esqueleto que é mais forte que ele. Então você mostra a "grande montanha" formada pelo músculo saltado da parte de cima do seu braço. A "grande montanha" é formada pelo bíceps.

Ou ainda, você vê o Esqueleto sentado na sua cama e toma um susto tão grande que cai sentado no chão. Até que não dói tanto, já que as nádegas têm os músculos glúteos. Eles são almofadas naturais do corpo e possibilitam que a gente sente confortavelmente, mesmo no chão.

Ao olhar para os lados para ver se o Esqueleto sumiu, você toma um susto ainda maior, ao descobrir o nome do músculo que move a cabeça: esternocleidomastóideo!

Para disfarçar seu medo, é uma boa idéia assobiar. Assim, você vai estar usando o bucinador...

E então você percebe que é bobagem ter medo de esqueletos. Afinal, sem os músculos eles não podem se mexer...

Se você não quer saber de esqueletos aparecendo no seu quarto e prefere descobrir que músculos da perna a gente usa para fazer embaixadinhas, vamos lá.

Primeiro é preciso dobrar um pouco a perna. Nosso amigo sartório é o músculo que faz esse movimento, já que ele atravessa toda a coxa.

O bíceps femural trabalha ao lado do fêmur (o ossão da coxa) para fazer o joelho se movimentar.

Para levantar o pé, usamos o tibial anterior. Ele está junto da tíbia, o osso mais grosso da parte de baixo da perna.

O tendão calcâneo, que antes era conhecido como tendão de Aquiles, faz a ligação entre os músculos da barriga da perna e do calcanhar.

 


Até agora, falamos de músculos que acionamos conforme nossa vontade.

Entretanto, há outro tipo de músculo que funciona independentemente do nosso comando. São músculos que sabem o que têm de fazer, e constituem a musculatura lisa.

Eles estão no coração, bombeando o sangue pelo corpo, sem cansar nunca; estão no estômago, empurrando a comida para dentro e para o intestino, onde há mais músculos que sabem o que fazer, empurrando a comida para fora do nosso corpo.

Eles estão presentes até na hora de fazer xixi, já que a bexiga tem um músculo que relaxa quando a pessoa vai soltar a urina. Eles compõem a musculatura lisa.

- Mas a minha irmã faz xixi na cama!

Não tem problema, o músculo dela já está sendo treinado, e um dia ele aprende a segurar o xixi mesmo quando sua irmã estiver dormindo. Enquanto isso, se ela dormir na cama de cima do beliche, arranje um guarda chuva...

 

Todo mundo já ficou imaginando uma vez ou outra como seria poder ficar invisível. Entrar nos lugares sem ser visto, xeretar tudo e todos por aí.

E como seria xeretar o próprio corpo? Já pensou se por uns instantes nossa pele ficasse transparente e a gente pudesse ver os órgãos internos e acompanhar seu funcionamento? Seria a maior viagem.

Bastaria comer um sanduíche e se olhar no espelho para ter uma aula ali mesmo, ao vivo, do processo digestivo. Seria uma experiência curiosa, não? Que tal imaginá-la?

 

 

Primeiro, você tem que fazer a parte que lhe cabe na digestão: mastigar, mastigar e mastigar. Você vê então o sanduíche sendo amassado e triturado, até virar uma pasta. Tudo isso feito pelos dentes, junto com a saliva e a ajuda da língua.

Depois você acompanha a comida descendo pela garganta, onde fica a epiglote, que está ali para não deixar a comida passar para o sistema respiratório. Da garganta, a comida segue para o esôfago, um tubo com paredes musculosas que a empurra para baixo até ela chegar ao estômago.

Olha só como o estômago fica se mexendo! É que as paredes do estômago, compostas por músculos, se espremem para transformar a comida em líquido. Que diferença daquele pedação de sanduíche que entrou pela boca.


Opa, mas o que é isso? Um líquido que vai agindo sobre a comida? Pois é, no estômago começam a entrar em cena elementos fundamentais para a digestão: os sucos digestivos. Sem eles, a comida levaria uma eternidade para ser transformada.

O estômago produz o ácido clorídrico, que tem a missão de acordar a dorminhoca da pepsina. Ela só acorda para trabalhar, acelerando a digestão das proteínas que estão nos alimentos e são muito importantes para nossa saúde.

 

 

Sempre descendo, a comida segue para o intestino delgado. Ali, vai terminar de ser digerida. Dá para perceber que não aproveitamos tudo da comida: nessa etapa, a parte que nos interessa passa pelas paredes do intestino delgado e vai para o sangue. A outra parte é mandada para o intestino grosso.

No intestino delgado e também pelas redondezas, os sucos digestivos continuam em ação. O fígado lança no seu vizinho intestino delgado um líquido chamado bile.

Mas não é agressão, não, é para ajudar a quebrar as moléculas grandes de gordura em moléculas menores. Vocês sabem que a gordura é uma parte muito orgulhosa das comidas, não se mistura com nada, então sua digestão é difícil.

O pâncreas também é um vizinho bacana do intestino delgado e manda para ele o suco pancreático, para ajudar nesta transformação de comida em energia. O próprio intestino delgado produz uma substância que ajuda a digestão: o suco entérico.

E o que acontece com a parte da comida que o nosso corpo não aproveita? Prepare-se, porque lá vem caca!

 

Depois do intestino delgado, vem o intestino grosso. Ele transforma em fezes — ou cocô, para falar o português bem claro — boa parte não aproveitada da comida. Depois, empurra para o reto, no finalzinho do sistema excretor, e as fezes são jogadas para fora pelo ânus.

Quanto ao xixi, quem cuida disso são os rins. Eles ficam dos dois lados do corpo, na altura dos quadris. Dali, filtram do sangue o excesso de água e as substâncias inúteis ou perigosas. A mistura da água com essas substâncias forma a urina, ou xixi.

A urina é levada através do ureter para a bexiga, onde fica guardada para quando você for fazer xixi no banheiro. Quer dizer, o xixi já está pronto, você só vai soltá-lo. O ureter e a bexiga são formados por músculos. O ureter funciona sozinho, mas a bexiga a gente aprende a controlar... Quer, dizer, não muito. Ui, ui, com licença um minutinho, porque essa experiência deu a maior vontade de"tirar água do joelho". Fui!

 

 


A-a-a-AAA

Atchiiiiiiiiiiiiiiim!!!!!!!!

Uma hora você está ótimo, brincando, com a maior energia. E pouco depois... ai, que moleza. Você começa a suar e ao mesmo tempo tremer, como se estivesse fazendo frio. Você foi capturado: é a febre.

Sempre que tem alguma coisa errada com nosso corpo, nossa temperatura aumenta. E isso pode acontecer de uma hora para outra. Como pode uma mudança tão rápida?

É que nós não estamos sozinhos no mundo. Além dos outros seres que nós vemos, como os cães , as árvores e as minhocas, há outros muito pequenos, tão pequenos que é impossível vê-los. Eles se chamam bactérias e vírus.

Muitos deles atacam nosso corpo. Ainda bem que temos nossos guardiões, nossos protetores. Eles formam o sistema imunológico.

 

 

 

Os glóbulos brancos são os guardiões do nosso corpo. Também conhecidos como leucócitos, eles moram no sangue. Quando um corpo estranho como as bactérias e os vírus entram no nosso sangue, os glóbulos brancos entram em ação.

Duas estratégias são usadas para combater os invasores:

Fagocitose: os glóbulos brancos se alimentam dos corpos estranhos.

Produção de anticorpos: os glóbulos brancos produzem células especiais chamadas anticorpos, que localizam o invasor, grudam nele e o destroem.