A prevenção de uma gravidez não planejada é essencial, principalmente para adultos, jovens sexualmente ativos e adolescentes.
É importante saber quais os métodos existentes antes de optar por algum deles. Os métodos contraceptivos são divididos em comportamentais (tabelinha), de barreira (preservativo, diafragma), dispositivo intra-uterino, métodos hormonais e cirúrgicos.
MÉTODOS NATURAIS
Baseiam-se na observação das diferentes alterações que ocorrem no corpo da mulher ao longo do ciclo menstrual para só ter relações sexuais durante os dias supostamente não férteis.
A sua eficácia depende de uma correcta utilização, de um grande conhecimento do corpo, de uma enorme constância e responsabilidade
Não protegem contra as DST
exemplos: método das temperaturas; do calendário e do muco cervical
Coito interrompido - Consiste na retirada do pénis da vagina antes de haver ejaculação. Tem no uma elevada taxa de falhas (7 a 15%) porque, entre outras razões, pode haver saída e espermatozóides antes da ejaculação propriamente dita.
- Não há uma relação sexual completa, o que pode trazer problemas psicológicos para ambos os parceiros sexuais.
- Não há protecção contra as DST.
MÉTODOS DE BARREIRA
preservativo-
- Os preservativos (condoms, profiláticos ou "camisas de Vénus") são feitos de látex, plástico ou membranas naturais (estes últimas a evitar).
- Único que protege contra as DST.
-Impedem que os fluidos do corpo (sémen e secreções vaginais) entrem em contacto.
-Colocar o preservativo no início do acto sexual, com o pénis em erecção; não deve haver penetração sem preservativo.
-Deve-se retirar o pénis logo após a ejaculação, segurando o preservativo pelo anel da sua base.
- Utilizar uma única vez.
-Utilizar preservativos com depósito na extremidade. Conservá-los ao abrigo do calor.
-Deve-se também ter o cuidado de verificar o prazo de validade que vem mencionado na embalagem.
-Dependendo da sua correcta utilização, a taxa de falhas varia entre os 5 e 10%
DIAFRAGMA-
-É um disco de borracha que se coloca no fundo da vagina antes da relação sexual, evitando que o esperma penetre no útero.
- Deve ser utilizado sempre com espermicidas para aumentar a sua eficácia.
-Só deve ser retirado 6 a 8 horas após a relação sexual.
-Quando utilizado consistente e correctamente, tem uma taxa de falhas de cerca de 6% mas, nas situações em que os casais ainda não têm muita prática do método, a taxa de insucessos sobe para perto dos 20%.
DISPOSITO INTRA-UTERINO -
-É um pequeno objecto flexível de plástico ou metal que é introduzido no útero pelo ginecologista, por um lado vai impedir a progressão do esperma pelas paredes uterinas evitando-se assim a fecundação do óvulo. Por outro lado, mesmo que ocorra a fertilização, ao alterar as propriedades da parede uterina, o aparelho impede a fixação do ovo ao útero. |
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MÉTODOS QUÍMICOS
Pílula-
-contém hormonas semelhantes às produzidas pelos ovários.
- actua impedindo a ovulação Não protegem das DST.
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espermicidas -
São produtos para aplicação na vagina que têm dois efeitos contraceptivos: matam os espermatozóides e impedem o esperma de entrar no útero Apresentam-se sob a forma de Cremes, Geleias, Espumas , Cones e Comprimidos Vaginais. Quando utilizados isoladamente, tem uma taxa de falhas de 6 a 20% Têm uma taxas de falhas relativamente elevada, pelo que estão mais indicados para utilizar como método complementar a outros processos - utilizar conjuntamente com o preservativo e/ou o diafragma. |
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MÉTODOS CIRÚRGICOS
VASECTOMIA-
É uma operação que consiste em cortar, a nível dos testículos, os canais deferentes que transportam os espermatozóides (não confundir com o sémen) para o pénis. De forma que o sémen emitido na ejaculação não contenha espermatozóides.
Esta operação deve ser considerada como permanente, pelo que só deve ser praticada naqueles homens que estejam seguros de não querer mais filhos. Taxa de falhas média 0,1%.
Após a operação continua a haver ejaculação, só que não existem espermatozóides no sémen.
Não protege das DST
Laqueação das trompas
É uma operação cirúrgica que consiste em cortar uma pequena parte das trompas de falópio de forma a que os óvulos e os espermatozóides não se possam encontrar.
Esta operação deve ser encarada como tendo carácter permanente (excepto em pouquíssimos casos), pelo que só deve ser feita por quem tem a certeza que não deseja engravidar nunca mais.
não protege das DST