Chamamos de primeiro reinado o período em que D. Pedro I governou o país, entre 7 de setembro de 1822 a 7 de abril de 1831. Esse período foi de muita discórdia, pois vários portugueses moravam no Brasil e não aceitavam a independência proclamada por D. Pedro, causando várias disputas no país, principalmente na Bahia, Maranhão, Pará e Piauí.
Na época, o Brasil não tinha tropas militares, e ficava desprovido, pois as tropas de Portugal adentravam os territórios brasileiros na tentativa de reconquistá-los. D. Pedro I solicitou que tropas francesas e inglesas dessem apoio ao Brasil, onde foram organizados o exército e a marinha do país, a fim de manter a ordem interna e garantir a integridade do território brasileiro, além de combater as tropas portuguesas.
Com o passar dos anos, D Pedro foi perdendo a credibilidade do povo, pois se tornou autoritário, mantendo um governo centralizado nos seus interesses. Um dos grandes problemas foi durante a criação da primeira constituição do país, pois o imperador não aceitou as decisões dos políticos brasileiros, mandando que um grupo de sua confiança elaborasse outra constituição - a lei maior de um país que determina os direitos e deveres dos cidadãos bem como dos governantes. Em 1824 foi outorgada a primeira Constituição do Brasil.
O povo se revoltou contra D. Pedro I, em virtude das medidas autoritárias que mantinha, como nomear os governantes das províncias, e no mesmo ano aconteceu a proclamação da República, separando as regiões de Pernambuco, Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará, do Brasil, tornando-se Confederação do Equador.
D. Pedro I e a Bandeira da Confederação do Equador
Com suas tropas montadas, D. Pedro conseguiu derrubar a Confederação, prendendo os líderes da mesma, onde o padre Joaquim do Amor Divino, mais conhecido como Frei Caneca, foi julgado e condenado. O único líder que conseguiu fugir foi Manuel Paes de Andrade, refugiando-se em um navio inglês.
Percebendo que não iria controlar a insatisfação do povo brasileiro diante de sua forma autoritária de governar, em 7 de abril de 1831 abdicou ao trono, deixando-o para seu filho de apenas cinco anos de idade, D. Pedro de Alcântara, ficando como tutor do menino, José Bonifácio de Andrada e Silva.
A partir de então, o Brasil montou um governo de regências, chamado de Período Regencial, de 1831 a 1840.